quarta-feira, 21 de dezembro de 2011



Ele: - Necessito de luz e encontro teus olhos...busco a alegria e me entregas teu sorriso... desejo uma melodia e tua voz ecoa nos meus ouvidos... preciso alimentar meus olhos e miro os desenhos do teu corpo."


Ela: - Uma saudade doce e a vontade de te achar de novo... rindo no meu riso, movendo-te ao meu som, alimentado-te nos meus olhos. Encontrando-te em mim e descobrindo o tenho de maior valor...o meu amor por ti.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


Tem gente que vive mal...
trabalha mal, fala mal, escreve mal, mente mal...
e sequer sabe a diferença entre mau e mal!
Tá, tudo bem, sei que sou exigente...
Viver bem ou mal é uma questão de competência e nem todos têm.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

fim do começo ou começo do fim


Ele: - Bem, não sei se falo (e, então, teria de ser muito) ou se calo (e corro o risco de tu achares q estou indiferente), mas, em respeito à tua opção, farei desta a minha.
Um beijo.

Ela: - Meu amor, se falas ou se calas é opção tua. Como já falamos uma vez, tudo entre nós tem a obrigação de estar bem claro e assim opero contigo desde sempre.
Mas como sei que te preocupas comigo e queres me ver feliz, escrevo para dizer que estou bem. Acho que de todas as vezes que tentei me "desgarrar" de ti, essa está sendo a mais serena e por isso estou bem (triste, mas bem).
Espero que estejas bem também.
Um beijo e meu eterno amor.

Ele: - Como tu não há e nunca haverá ninguém. Este teu texto, que é tua cara, é também uma obra prima da literatura.
Te amo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

"As razões de um silêncio
são sempre mais interessantes
do que os próprios fatos silenciados".


Saldo do "A Mulher de vermelho e branco",
de Contardo Calligaris

domingo, 6 de novembro de 2011


A felicidade deveria vir em garrafas.
Assim, beberia algumas doses dela, diariamente!



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sensação do dia




...Tá bom, mas pode ficar melhor!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011





Os opostos se atraem ou se distraem

...



O verão está chegando e as pessoas ficam loucas por suas aparências, que até então ficaram escondidas nos casacos pesados do inverno. Todos querem parecer bonitos naquele padrão mundial...músculos, definições, etc...

Há tempos não reparava nessa ânsia, talvez porque eu seja bem resolvida com meu corpo (que não é nenhum ícone de beleza midiática, mas que para os meus trinta e seis anos está muito bem, obrigada), mas, principalmente, porque malho muito um músculo não aparente, mas nem por isso, menos importante... o cérebro.

Hoje pensei...depois dos trinta e cinco, a barriga de tanquinho, dá lugar ao cérebro de tanquinho...Pode ser uma desculpa (afinal, não tenho barriga de tanquinho e acho pouco feminina, inclusive), contudo, fato é que todos os músculos devem ser exercitados...

Tá certo que malhar os músculos aparentes fazem a diferenca a olhos vistos, mas o que está guardado, por vezes, pode ser bem mais interessante de ser "visto". Descobrir um cérebro malhado é mais dificil do que descobrir o corpo malhado. E, por isso, tal descoberta pode ser bem mais reveladora do que se pode imaginar.

Enfim, da barriga ao cérebro, se não malhar, acaba ficando tudo "caído".

Isso refletido, fica a idéia do equilíbrio como a grande sacada da vida.

Malhar o corpo para ficar saudável e o cérebro para ficar mentalmente saudável.
O tanquinho... Ah! Deixe para lavar roupa suja...

No corpo e na mente, bom mesmo é ter saúde!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


Musica!
As vezes, a melhor.
Mas, sempre uma otima companhia!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Acho que tenho um problema: 
 ando sonhando demais...
E se nao sonho, tenho insonia...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011


Há sempre uma pessoa na sua vida, a qual, não importa o que ela faça com você, você apenas não pode deixá-la ir.



(Caio F.)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011



E numa sociedade onde o valor das coisas é o dinheiro,

não há tempo para romantismo.

Afinal, "time is money".

E a poesia, coitada,

vira coisa de quem não tem o que fazer.



terça-feira, 23 de agosto de 2011




Ela: - Tenho um presente pra voce!
Ele: - Seu coracao?
Ela: - Nao, minhas gavetas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Quando a vida ferve, dar tempo para que esfrie pode ser uma boa idéia, desde que não esqueçamos que esse tempo que passa para que aquilo que estava quente, esfrie... é tempo que passa... e com ele também passam os sentimentos ruins (que bom) e os bons (que pena). Mas o que é realmente importante ou vale a pena? O amor ou a vontade de amar? Sem resposta, o melhor é dar tempo para que a vida aconteça e mostre o que é realmente importante ou vale a pena. A ansiedade pode não ser uma boa aliada do tempo. Então, que a vida se encarregue, com seu tempo e a seu tempo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011




"...Eu gosto dos que tem fome, dos que morrem de vontade,
dos que secam de desejo,
dos que ardem..."






(Senhas, Adriana Calcanhoto)




Querer é poder!


Se você não pode, é porque no fundo, no fundo, não quer!




quarta-feira, 10 de agosto de 2011


"Ah, os nervos femininos!
Se não fossem eles, a vida neste mundo seria tão aborrecida!"
(Tchékhov)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Hypochrités



A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.
Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação.
François duc de la Rochefoucauld revelou, de maneira mordaz, a essência do comportamento hipócrita: "A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude". Ou seja, todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.
O termo “hipocrisia” é também comumente usado (alguns diriam abusado) num sentido que poderia ser designado de maneira mais específica como um “padrão duplo”. Um exemplo disso é quando alguém acredita honestamente que deveria ser imposto um conjunto de morais para um grupo de indivíduos diferente do de outro grupo.
Hipocrisia é pretensão ou fingimento de ser o que não é. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego "hypochrités". Os actores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral. É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência.






Mais do que fidelidade, paixão, amor, etc., um relacionamento a dois deve ter lealdade...

lealdade de sentimentos.

sábado, 6 de agosto de 2011


Um final de semana de sol, depois de muitos dias de chuva, renova as energias da alma...
E assim, jah eh...
Na mansa praia brava, em frente ao mar...em frente ao sol...em frente ao horizonte ...
Pura vida... nos mostrando, dia apos dia... que tudo eh possivel.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

E continuando a série "desabafo"...

Fazer o que está ao alcance não dói.

A iniciativa da Andréa Beheregaray em transformar a casa em que viveu Caio Fernando Abreu em um espaço cultural ganhou espaço...pena que não o suficiente para tranformá-la em um belo espaço público.

Mas, como se diz por aqui, "não tá morto quem peleia" e apesar de vendida, será mantida e uma placa em homenagem a ele estará lá, marcando a luta desta amiga e ferrenha defensora da cultura!

No blog dela, tem um espaço para votação da frase: http://andreatpm.blogspot.com/

Quem quiser, é só ir lá e votar.

Valeu Déa, pela perseverança e pela disposição de luta!



Desabafo


Essa semana ando indignada com nossa cidade.

Porto Alegre tem lugares lindos, palcos para serem feitos os mais lindos espetáculos culturais e o melhor, espetáculos gratuitos...música, dança, teatro, cinema... Lugares que não deixam a desejar a nenhum outro desse País.

O que falta, então, para que as coisas aconteçam?

Na última semana, manifestações acanhadas na Casa de Cultura Mário Quintana para comemorar o aniversário do poeta. Alguém sabia?

Festival de Inverno acontecendo...alguém sabe onde está acontecendo?

Parece que o frio escondeu as manifestações culturais do Porto e congelou a mente de quem tem nas mãos a cultura da cidade.

Bairrismo ruim esse nosso.

Essa mania que temos de achar que nos bastamos frente ao resto do País, nos deixa muito atrás do que realmente podemos fazer.

Uma sensação ruim ao perceber a cultura pautada na política.

A cultura dependendo dos gostos e desgostos de quem está no comando.

Vergonha alheia!!

E a pobre da cultura resume-se às cortinas fechadas do teatro ao ar livre na beira do rio, do auditório escondido por tapumes no meio do parque... e da falta de iniciativa pública.

domingo, 31 de julho de 2011


O relacionamento entre um casal
é baseado em duas coisas:
beleza e paciência.
Se der certo, beleza.
Se não der, paciência!

Domingo cinza, frio e bem humorado!
rsrsrsrsrs

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bom conselho



Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

(Chico Buarque)
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...

Que importa o mundo seus orgulhos vãos?...

O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!...

(Florbela Espanca)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ainda bem que a vida resiste e insiste.
"Então delete, tudo aquilo que não valeu a pena. Quem mentiu, quem enganou seu coração, quem teve inveja, quem tentou destruir você, quem usou máscaras, quem te magoou, quem te usou e nunca chegou a saber quem realmente você é."

(Caio F.)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dois e dúvida

"...

"Odo Marquard falou, não necessariamente com ironia, do parentesco etimológico entre zwei e Zweifel ("dois" e "dúvida") e insinuou que o elo entre essas palavras vai além da simples aliteração. Onde há dois não há certeza. E quando o outro é reconhecido como um "segundo" plenamente independente, soberano - e não uma simples extensão, eco, ferramenta ou empregado trabalhando para mim, o "primeiro" - a incerteza é reconhecida e aceita.

Ser duplo significa consentir em indeterminar o futuro".


(Zygmunt Bauman, em O amor líquido)

Sempre que quero um pouco de explicacões lúcidas, realidade, nua e crua (traduzindo), leio Bauman. Hoje lancei mão do "O amor líquido" da prateleira, tirei o pó e abri em uma página, aleatoriamente.

O livro todo riscado, rabiscado... e as diferentes cores de tintas de canetas lembram-me de todas as oportunidades em que dele recorri para entender melhor o que acontece na vida e que, tão estranhamente, transforma-se em sensações. Eis que abro nessa página e lá estava, em canetinha rosa - fazendo-me relembrar do dia em que o li pela segunda vez. A primeira estava embaixo da rosa e era azul ...rsrsrs - , marcado esse trecho. A partir dele segui lendo e, bem depois, ao fechar o livro, dando-me por satisfeita, volta em mim esse trecho que transcrevi e que foi o responsável por encerrar meu dia com um pouco de lucidez e a sensação de que o futuro é previsível, mas não determinado.

sábado, 23 de julho de 2011

Aqui nessa casa
Ninguém quer a sua boa educação
Nos dias que tem comida
Comemos comida com a mão
E quando a polícia, a doença, a distância, ou alguma discussão
Nos separam de um irmão
Sentimos que nunca acaba
De caber mais dor no coração
Mas não choramos à toa
Não choramos à toa

Aqui nessa tribo
Ninguém quer a sua catequização
Falamos a sua língua,
Mas não entendemos o seu sermão
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa
Não sorrimos à toa

Aqui nesse barco
Ninguém quer a sua orientação
Não temos perspectivas
Mas o vento nos dá a direção
A vida que vai à deriva
É a nossa condução
Mas não seguimos à toa
Não seguimos à toa

Volte para o seu lar
Volte para lá

(Arnaldo Antunes)


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Tudo na vida se aprende, inclusive amar.

segunda-feira, 18 de julho de 2011




Vendo essa imagem, lembrei-me de várias músicas que adoro:



...Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí...

Ah, também essa: ...além do horizonte, existe um lugar...lalalalalalala

E essa: ...ou, não vira nada, vale nada, vira vento...a todo momento alguém vira pó...e vira pó, só.

Bom quando uma imagem nos remete às palavras e não as palavras nos remetem à imagem...

domingo, 17 de julho de 2011




O Pais eh democratico...
A vida...
nem sempre.

quinta-feira, 14 de julho de 2011


Talvez isso mude.

Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha

e me seqüestre de uma vez.

Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam

e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar.
Ou talvez eu só precise de férias,

um porre e um novo amor.

Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava

afundou num copo de cachaça

e virou utopia.


(Caio F.)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

"Eu continuo batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo nessa porta que não abre nunca."

C.F.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sensacoes de Amsterdam

23.10.2010.
Estamos saindo da Holanda rumo a Franca.
Aqui, passamos 24 horas de sede intensa.
Eu queria aproveitar tudo, incondicionalmente...
Entao, desde o percurso do onibus ate a Central Station, todos os novos caminhos trouxeram a sensacao de estar realmente em um lugar que nao eh o meu. Diferente eh viajar no Brasil. Aqui, eh alem...
Assim, chegando no centro de Amsterdam, procurei, entre tantos, um Coffee Shop para iniciar o passeio. Classico! Lugar esfumacado, com muitas opcoes e atendentes antipaticos que faziam questao de me mostrar que nao faco a minima diferenca na vida deles. Sensacao de estranhamento total. Nem minha cara amarrada, diante de tanta frieza, fazia a diferenca.
Seguindo caminho - e transformando as sensacoes - um longo passeio pela cidade. A vulnerabilidade que eh andar em meio a mil bicicletas deixou-me tonta e consciente de que minha capacidade tupiniquim de locomocao nao inclui ciclovias.
A cidade envolta em canais e predios tortos que qualquer um gostaria de viver, deixa tudo ainda mais bonito e diferente.
Senti saudade do Brasil, mas tambem senti vontade de viver aqui (em todo lugar que vou queria morar um pouquinho...), soh para experimentar viver em um lugar que nao eh o meu."

Escrevi esse texto na contracapa de um livro.
Soh agora resolvi postar...
Saudade talvez, de correr mundo novamente.

domingo, 19 de junho de 2011

Percebendo a chuva que caia durante o dia, pensei: moro numa cidade portuaria
Essa cidade de porto deixou de lado tal caracteristica, que outrora definiu-a como Porto Alegre.
Hoje... nem tanto porto, nem tanto alegre.
Fico imaginando como foi a epoca em que o porto funcionava em sua plenitude... Sera que havia mocas que esperavam por seus marinheiros fortes e tatuados que surgiam de tempos em tempos pelas bandas do Rio Guaiba (sim, Rio e nao lago)?
Sera que havia marinheiros ansiosos para chegar ao porto e inundarem-se de alegria...matar a saudade de suas pequenas...
Imagino que essa parte da cidade que tanto amo - e que me acolheu de forma arrebatadora - tenha deixado historias incriveis... inesqueciveis e que, certamente, encontram ainda um porto na lembranca de alguem que fez deste Porto, um dia, alegre...
Hoje, ele ainda esta la, com ar e cor tristes, de um amarelo queimado, apagado e enferrujado. Seu lugar ainda eh no centro da cidade.
Uma pena que nao seja mais o centro e que as historias ali vividas tenham ficado atras dos muros das recordacoes de quem vive neste Porto, que hoje eh triste, mas que ainda tem guardada a chama alegre dos tempos de navios gigantes plenos de cores e de amores...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Benditos escritos

Acabei de voltar de uma sessao de autografos de uma querida-nova-linda amiga. Alguem que gosto muito. Voluntariamente. Uma das referencias que autorizam - sem culpa e sem desculpas - minhas loucas e desvairadas ideias...


No blog, a descoberta.


Na pessoa, a surpresa.


E, agora, nos livros, a admiração de fato.


Inundada de escritos malditos, voltando para casa ... entre dirigir, falar no celular, assuntos burocráticos e um pouco chatos...
li alguns malditos... escritos.
Divertidos, "bukowskinianamente" apaixonantes.

Oxala permita vida longa a voce, Andrea Behregaray...

E benditos sejam teus escritos, sempre!

Obrigada!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fechado para balanço

Para colocar em ordem a desordem dos pensamentos Para colocar em ordem as sensações desgovernadas
Para descansar a mente,
reorganizar o corpo, acalmar a alma ...
Uma espécie de férias mentais.

sexta-feira, 3 de junho de 2011


Que o mundo nao gira em torno do seu umbigo, é fato...
Que sempre temos, no mínimo, duas opções de como fazer as coisas na vida... outro fato.

Então por que, por vezes - e na maioria delas quando o assunto eh o coracao - esquecemos dos fatos e 'viramos', simplesmente, atos?

Consigo, normalmente, perceber as opções que a vida me dá...

E tento, sempre pensando muito - mesmo em se tratando de assuntos do coração - optar pelo que reputo o melhor...

Mas por que será, não raras vezes, a opcao dispensada volta a rodear o que já estava consagrado dentro de você... um teste da vida, talvez?

Prefiro chamar de mistérios... da vida.

Afinal o que seria dela, se não fossem as opções e as escolhas...

Prefiro chamar de misterios mesmo...

É mais leve!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011



Te esperaria a vida toda, se eu soubesse que vinhas...

Te esperaria sempre, se eu soubesse que vinhas...

Te esperaria, simplesmente, se eu soubesse que vinhas...

Mas a espera só..

E só espera...

E nada mais...

Entao decidi... você nao vem...

E eu nao te espero mais...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O pratinho do vaso



Fui numa floricultura comprar pratinhos de vasos.
Três pratos. De diferentes cores, de azulejo e barro.
O vendedor me considerou excêntrico pela modéstia do apelo. Procurou enfiar orquídeas olheira abaixo, recusei os arranjos coloridos. Como uma abelha que não larga a lâmpada pela obsessão do sol. Logo me dispensou para o caixa, viu de cara que não tinha potencial aquisitivo. Ele apressou a interrogação do “só isso” e logo fechou a encomenda.
Estamos tão consumistas que nos desculpamos por comprar pouco (ou nada). Imagina o atendente perder tempo com a gente? Gentileza hoje é comissão. Idêntica culpa diante do motorista de táxi com a corrida curta. Quase suplicamos por favor, se ele pode nos levar. Não há mais pobreza genuína no mundo, unicamente pobreza disfarçada. O cartão de crédito fantasiou a miséria.
Não receio pedir pouco. O pouco é que me basta. O pouquíssimo transborda.
Eu me sinto essencial lembrando o desnecessário. Ouvindo o suspiro dentro do vento.
Ninguém dá valor ao pratinho das plantas que racha na mudança de lugar e não é reparado, muito menos reposto. Eu não vivo sem eles. É como faltar talheres para um membro da família.
É o pratinho de vaso que me mantém acordado. Deslumbrado pela sua fugacidade. Porque amanhã terei que me lembrar novamente. E depois da amanhã. E sempre.
O amor é o que não lembramos para continuar lembrando. Como pedir ao filho escovar os dentes ou insistir que faça os temas. Todo dia será exaustivamente igual: é uma atenção renovada, não exclusiva. Uma dedicação nula. Uma devoção secreta que não traz fama e reconhecimento. Coisas simples que não podem ser contadas ou glorificadas durante a semana. Que são apagadas no mesmo momento do ato. Não irei ao bar proclamar aos colegas de que dobrei as calças antes de sair e organizei as camisas pela antiguidade.
É o que me põe apaixonado numa mulher: o pratinho do vaso. O que é sem graça, o que somente protege, mas que é confidente das raízes. O quanto ela é capaz de estar ao seu lado sem que necessite imortalidade. O quanto me torno observador das inutilidades. Falei inutilidades, pois é, não errei a digitação, quem ama conserva as inutilidades. Os interesseiros e ambiciosos guardarão as informações essenciais como nascimento e medidas. Veja se um homem a quer quando se interessa porque aquilo que não gera interesse. O fútil é o fundamental. No momento em que o desejo não descobre o que é importante e preserva tudo.
O pratinho do vaso do relacionamento está em saber o xampu que ela usa, o restaurante preferido, o doce da infância, sua mania de comer aipim com mel, o azeite (não é qualquer um), as perguntas que detesta ouvir, como ela gosta de amassar o travesseiro, de que modo escolhe as roupas: se nua ou já com a lingerie, quais os insetos que tem medo, o que não pode deixar de assistir na tevê, o drinque preferido, os amigos da choradeira, os amigos do riso, o que toma no café da manhã, qual a fruteira de sua confiança.
O pratinho do vaso é o que fica da tempestade. Não tinha como explicar ao vendedor. Ele é que
conhece as flores.



(Fabrício Carpinejar)

segunda-feira, 23 de maio de 2011





Tento ser uma mulher que

combina com a vida que leva...


quinta-feira, 19 de maio de 2011



"O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca, viu?!"



(Caio F.)

domingo, 15 de maio de 2011



Sacudir você e dizer que você é um otário porque está me perdendo dessa maneira.
A minha ignorância por te ter.
Sim, eu escolheria você.
Se me dessem um último pedido, eu escolheria você.
Se a vida acabasse hoje ou daqui a mil anos.



(Caio F.)


PS: às vezes odeio tanto Caio...aff
Domingo de frio...

de arrepio...

de calafrio...
de uma saudade sem frio e com frio...

Nada quente,

nada quieto.

É o frio e o quente,

encontrando-se e transformando-me ora em fogo,

ora em agua...

mas nunca em morno!

sábado, 14 de maio de 2011



Cada um sabe a dor
e a delícia de ser o que é...
Não me olhe como se a polícia andasse atrás de mim.
Cale a boca
mas não cale na boca,
notícia ruim.


(C.V.)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O mundo mágico de Escher


Assistir e poder interagir com as obras de Escher abriu-me a mente para perceber a existência de um mundo dentro de outro, a possibilidade que temos de ver a realidade como queremos e criar vários mundos ou micromundos, em que cada vivência encontra seu lugar, mesmo que não seja lugar comum.
Acho que assim fez Escher. Jogou-se em uma realidade inventada e transformou esse seu peculiar modo de viver em arte.
Enquanto caminhava pelos espaços da exposição pensava incessantemente que tudo o que existe tem forma, ou melhor, pode ser expressado através da forma. Olhando aquelas imagens e perspectivas, o mínimo que vira máximo nos riscados tridimensionais do artista - no mais puro grafite holandês do início do século XX -, refleti acerca das várias formas de "viver a vida", a forma escolhida por mim, por outras pessoas, por um grupo de pessoas...e por aí vai...
Há quem não perceba o que há por trás de Escher. Há quem demorou a perceber (como eu) e há os que nunca perceberão.
A vida, e suas múltiplas formas, é para todos... os que percebem e os que não.
Divagações, enfim, para perceber talvez o que tenha sido o saldo da última banda.
Em Escher percebi que há várias possibilidades e formas de viver a única vida que temos por aqui.
Oxalá, o tempo permita todas as possibilidades...para todos...




(01.03.11 - Exposição O mundo mágico de Escher, CCBB, RJ)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Não-relação ou não à relação...



Muitas relações simultâneas

algumas vezes, nada mais são

do que a forma encontrada por algumas pessoas

de não ter relação alguma.


O velho medo de se envolver

Ou seria, de-se-nvolver?




PS: mais uma da amiga Andreia Bere...

com toda minha admiração e com toda a razão...

segunda-feira, 2 de maio de 2011



Meu coracao tem um amor guardado...
Esteve um tempo desgastado, um tanto cansado...
Mas amor que se preze... é sempre renovado,
dia-a-dia, alimentado e bem tratado.
Até se ver curado ...
E pronto: coração aberto para todo lado...
aguardando, novamente, o prazer de amar e ser amado!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sabe, eu tenho uma certa dificuldade em acreditar  naquilo que não consigo conceituar, descrever e, de certa forma, ver.
Pois bem, eis que deixo minha intuição falar alto...
deixo esse fenômeno misterioso agir...
E para minha surpresa,
tudo aconteceu como eu tinha  intuido, ou melhor,
desaconteceu!

terça-feira, 19 de abril de 2011


“Mas você com esse seu jeito só seu,
de não me permitir saber o que esperar de você,
me faz te odiar tanto e querer tanto a sua atenção.
E me faz querer tanto você daqui a pouco,
porque você não enjoa.
Você me cansa demais,
mas não enjoa.”

(Caio F.)

sábado, 16 de abril de 2011

O mês de abril

Era em abril, o mês do dia de anos de Pedrinho e por todos considerado o melhor mês do ano. Por quê? Porque não é frio nem quente e não é mês das águas nem de seca - tudo na conta certa! E por causa disso inventaram lá no Sítio do Pica-Pau Amarelo uma grande novidade: as férias-de-lagarto.

- Que história é essa?

Uma história muito interessante. Já que o mês de abril é o mais agradável de todos, escolheram-no para o grande "repouso anual" - o mês inteiro sem fazer nada, parados, cochilando como lagarto ao sol!
Sem fazer nada é um modo de dizer, pois que eles ficavam fazendo uma coisa agradabilíssima: vivendo! Só isso. Gozando o prazer de viver...

- Sim  dizia Dona Benta -  porque a maior parte da vida nós a passamos entretidos em tanta coisa, a fazer isto e aquilo, a pular daqui para ali, que não temos tempo de gozar o prazer de viver. Vamos vivendo sem prestar atenção na vida e, portanto, sem gozer o prazer de viver á moda dos lagartos. Já repararm como s lagartos ficam horas e oras imóves ao so, de olhos fechados, vivendo, gozando o prazer de viver - só, sem mistura?
E era muito engraçada a organização que davam ao mês de abril lá no sítio. Com antecedência resolviam todos os casos que tinham de ser resolvidos, acumulavam coisas de comer das que não precisam de fogão - queijo, fruta, biscoitos, etc... botavam um letreiro na porta do pasto:
A FAMÍLIA ESTÁ AUSENTE
SÓ VOLTA NO COMEÇO DE MAIO.
e depois de tudo muito bem arrumado e pensado, caíam no repouso.
Era proibido fazer qualquer coisa.
Era proibido até pensar.
Os cérebros tiham de ficar numa modorra gostosa. Todos vivendo - só isso!
Vivendo biologicamente, como dizia o Visconde."

(Monteiro Lobato.
Por alguma razão, o livro que um dia comprei como um presente...na verdade, foi um presente para mim. Tirado o pó e iniciada a leitura, me dou conta do quanto Monteiro Lobato era sábio, não só na combinação das palavras, como na exata maneira de retratar a vida. Simples, num português correto e direto...
E agora percebo, o quanto criança é minha alma adulta...ou o quanto quero que ela seja e o quanto agradeço por ter esse livro parado na minha mão, neste momento...
vou devorá-lo,
em abril...)