terça-feira, 9 de julho de 2013

E me convenço a cada dia que passa 
de que a comunicação é uma arte
 e sua completude residente em dois verbos: 
falar e  ouvir...
E como toda arte, bem feita, requer talento.
E todo talento é precedido de um dom...
Eis, assim, que a comunicação é para poucos... 
nem todo mundo tem o dom.

Sempre que erro 
ou acho que erro,
peço desculpas.
Questão de dignidade...


 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

... Então, não demore, papito,
meu corpo quer sentir o teu,
entrando, quente e forte...
me fazendo perder os sentidos,
me resumindo a tão-somente instintos...


(Parafraseando Pedro Juan Gutierrez)

quinta-feira, 7 de março de 2013

E quando a luz da ribalta não ilumina mais,
É quando o palhaço perde a graça...

(parafraseando a vida)

terça-feira, 5 de março de 2013

Eu quero tu
E tu quer eu...
Eu vou vivendo sem tu
E tu, sem eu...
Então, se eu fosse tu, ficava com eu...
e eu com tu.
Porque eu sem tu é muito triste
É o mesmo que tu sem eu...
Nada existe


Inundada de Patativa do Assaré, da filosofia de um trovador Nordestino.
A admiração por poesia de cordel e trova poética, me inspiram...
modestamente, por óbvio.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

GARAGEM DA VIDA HERMÉTICA

Logo que cheguei em Porto, lá da minha terrinha amada Giruá, me espantei com duas coisas: a Av. Osvaldo Aranha em dia de domingo e um bar de nome: Garagem Hermética. Ali vivi parte da minha vida, entre a avenida e o sobrado que abrigava a cena mais underground da cidade. Foi lá que vi  Wander Wildner, Julio Reny, Jupiter Maçã a primeira vez... vi, ouvi e gostei para nunca mais deixar de ouvir. Foi lá que meu amigo Kafu fez a "ceva de fralda" do filhinho que estava chegando... 

Piegas ou não, hoje quando li a despedida do Garagem da vida dos portoalegrenses  - e daqueles que, como eu, foram não só acolhidos pela cidade como também por aquele lugar especial - bateu uma saudade, misturada com tristeza e um grande sentimento de gratidão. 

Era lá que o rock independente atuava... e não pense que ele mandava recado... não! Ele tinha a cara, as roupas e o comportamento das pessoas que lá andavam. Era a cara da cidade e eu... encantada, por lá passava sempre que podia...

Depois - e aí vão uns dez anos  - conheci o querido amigo Fernando Nazer, a quem rendo todas as minhas homenagens. O cara foi forte, com a veia da guerra correndo, lutou para que a cidade não perdesse sua identidade (sim, porque perderia, ou pelo menos parte da cidade, sem aquele exótico lugar), mas... infelizmente, a cidade não tratou o Garagem Hermética como deveria e ele esbarrou na burocracia e má vontade política... caiu, levantou, caiu de novo e, sempre lutador ... levantou mais uma vez. Guerreiro,  honrado, lutou para manter sua identidade e não cedeu. Até o final, rezou sempre a mesma cartilha. A cartilha da independência...
Hoje, a cidade está orfã. E digo isso para quem conheceu e para quem não conheceu o Garagem Hermética... Sim, a cidade está pobre culturalmente, mais do que já estava. 
Que pena, 
Que pena mesmo...

Mas uma coisa é certa e escorreita, o Garagem vai ficar na memória e no coração daqueles que como eu puderam ter o prazer de subir aquelas escadas e dar de cara com o bom, independente e velho som...

Obrigada Garagem Hermética!