quarta-feira, 29 de dezembro de 2010






Malas prontas
Pé na estrada
Aí vou eu...
Viajar
Mudar a estação do rádio da vida...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010


(...)
Ontem chorei.
Por tudo que fomos.
Por tudo o que não conseguimos ser.
Por tudo que se perdeu.
Por termos nos perdido.
Pelo que queríamos que fos...se e não foi.
Pela renúncia.
Por valores não dados.
Por erros cometidos.
Acertos não comemorados.
Palavras dissipadas.
Versos brancos.
Chorei pela guerra cotidiana.
Pelas tentativas de sobrevivência.
Pelos apelos de paz não atendidos.
Pelo amor derramado.
Pelo amor ofendido e aprisionado.
Pelo amor perdido.
Pelo respeito empoeirado em cima da estante.
Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa.
Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados.
Pela culpa.
Toda a culpa.
Minha.
Sua.
Nossa culpa.
Por tudo que foi e voou.
E não volta mais, pois que hoje é já outro dia.
Chorei.
Apronto agora os meus pés na estrada.
Ponho-me a caminhar sob sol e vento.
Vou ali ser feliz e já volto.

(Caio F.)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Soneto do amor total


Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
(Rio, 1951, Vinícius de Moraes)
PS: ouvir, ver e sentir Vinícius...adentro, dentro, na alma, da poesia...
Gracias, ao poetinha...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cor-respondência


Remeta-me
os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves
que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem-feito
que você tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era seu jeito
ou de propósito
mas era bom
sempre bom
e assanhava as tardes
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima
firme
confirme
o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois
a dois.

Pense em mim
e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.


(Elisa Lucinda)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


"Quando pensava em parar, o telefone tocou.

Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar, pediu, para irmos às ilhas gregas como tínhamos combinado naquela noite.

Se podia voltar, insistiu, para sermos felizes juntos.

Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora."
(Caio F.)

domingo, 12 de dezembro de 2010

E depois de tempos algozes de mim...
Tempo de nenhum sentimento...
Tempo de nada...
Sabes, boy (perdoe-me a minha influência "Caiana")?
Tempo de deixar que o tempo de "ajeite".
E se "ajeita"...
Às vezes, esse tempo peculiar...o tempo de não ter tempo...
O tempo que não deixa tempo
O tempo de deixar que o tempo se encarregue.
E se "encarrega"...
Ando, ultimamente, de bem com o tempo...
E deixo, agora mais do que nunca,
que ele se "ajeite"...
que ele se "encarregue".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010


Desculpe-me, baby!
Mas essa minha mania de ser inteira
não me deixa querer nada pela metade.

terça-feira, 30 de novembro de 2010






Nada em mim foi covarde,
nem mesmo as desistencias!
Desistir, ainda que não pareça,
foi meu grande gesto de coragem!
(Caio F.)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010


A vida não é difícil.

Difícil é você conviver com isso,
com a vida e seu ofício ...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato.
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço.
O amor comeu meus cartões de visita.
O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas.
O amor comeu metros e metros de gravatas.
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus.

O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas.
Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X.
Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia.
Comeu em meus livros de prosa as citações em verso.
Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete.
Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas.
Comeu o pão de propósito escondido.
Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas.

O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras.
Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade.
Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré.
Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia.

Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas.
Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam.
Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta.
Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra.
Meu dia e minha noite.
Meu inverno e meu verão.
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
(João Cabral de Melo Neto)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


"...

Por isso para o seu bem
ou tire ela da cabeça
ou mereça a moça que você tem..."



(Chico, always...)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


Deixe que eu sinta teu corpo
Que eu beije teu corpo

Teus lábios de mel

Deixe que eu te abrace agora
Que a noite lá fora ficou pra depois
Venha ser a companheira esperada
Corpos juntos, mãos dadas
Preciso de você

E sinta lá de dentro a vontade
Meu olhar é verdade, eu quero só você

Deixa, deixaaa, uu uu
De, deixa.....a, aa aa

Deixe que eu te abrace
Te embale o sono
Meu corpo no teu

Deixe que eu te desperte
Sussurre baixinho teu nome
Pra depois dormir

Venha ser a amada amante te desejo
Quero me perder nos teus beijos
Quero hoje te amar
Venha ser a companheira esperada

Corpos juntos, mãos dadas, preciso de você...

Deixaaaa!!!

(Tim, para todas as horas)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Conclusão a quatro mãos

A força criativa do povo brasileiro tem origem na tamanha desigualdade social e, com isso, necessidade de sobrevivência...
Esse é o dom... criatividade e necessidade... de sobrevivência...
Será, talvez, nisso que consiste o tal "jeitinho brasileiro"? Denominação quase sempre maliciosa
Ingenuamente, no bom sentindo da xenofobia, talvez esse seja mesmo o "jeitinho brasileiro"... nosso e só nosso.
Justificado e justificável pela desigualdade social.
E do limão, faz-se uma limonada, fácil...
Oooh povinho arretado esse!

"Hoje eu não to a fim de corre-corre, confusão...

Quero passar a tarde estourando plástico bolha..."


(karina Buhr)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

o consumo da sustentabilidade

Tenho observado ultimamente como a bandeira da sustentabilidade está em voga.
É a sustentabilidade como marketing e, pasmem, vendendo muito.

Na contrasustentabilidade, se é que assim posso afirmar, estão crescendo os incentivos consumistas e, nesta falsa perspectiva sustentável, cativam o coração do consumidor que, por sua vez, consome e ainda acha que consome "bem".

Consumo sustentável.

Mas além desse consumo - nada sustentável, na minha opinião -, o que está por trás dele pode ser bem mais complexo do que imaginamos... Ah! E enriquecedor para poucos, sera que nao?

Assim, no barco da sustentabilidade tem um tesouro que pode ser bem rentavel. Vários já pegam carona e ganham uma "nota".

Recentemente, um grande festival de música - sustentável, lógico - fez um papel no mínimo feio e afrontador da capacidade racional, ferindo a miúde a cabeça de gente como eu.

E o pior não é isso. O ruim mesmo, é o incentivo dado pela mídia que fez a "coisa" parecer bem legal e ecologicamente incontestavel.

Mídia e consumo... prato cheio ... e qualquer sustentabilidade pode ser engarrafada em embalagens plásticas. Não há problema, afinal, depois amassamos tudo e reciclamos.

E que glória... 450.000 toneladas de lixo reciclado.

Ops, mas uma pergunta martelou ... Havia necessidade de produção de tanto lixo???

Produz-se muito lixo para que a reciclagem seja considerável e apareça na mídia como um grande bem para a humaninidade?

Balela... Destas 450.000 toneladas de lixo, metade, certamente, não precisaria ter sido produzido. Afinal, imaginem que no tal festival sustentável, comprava-se uma latinha de cerveja - ao preço nada sustentável de R$ 7,00 - e ainda um copo de plástico para tomar sua cerveja vinha "de brinde". Great!!! Fantástico...que pessoal correto...

Que pena, penso eu, lixo prejudicial, sendo produzido para impressionar nos números...

Como de cada banda que dou, tento extrair uma conclusão, desta não foi diferente...E ainda bem que a música salvou a pobre sustentabilidade - a infra dos shows estava perfeita - que já virou palavrinha de somenos importância na boca de uma pequena camada do povo, bem pequena, mas que lucra muito com isso...

E lembro agora de algo que li certa vez e guardei: Só Som Salva!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010



Mas eu tenho ainda um grande amor pra te dar

quero saber se vc. aceita ele como for...

my love...
this is your love...

E as vezes a gente pula

contra a vontade do chão...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


E se você tiver que escolher entre você e seu amor

Você escolhe quem?





"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado.

Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais."

Mário Quintana

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Longe, bem longe daqui, assisti uma brasileira chamar a atenção do público, mostrando nossa música em toda a sua melhor qualidade.
Karina Buhr.
Esse é o nome da moça.
Linda e com uma melodia incrível...pernambucana (para variar). Cumadre Fulozinha era a banda da qual fazia parte originalmente.
E na banda, nada mais do que Edgar Scandurra e Catatau...
O show foi nota dez.
Além do que, é sempre bom ver nossa brasilidade impregnando "nas gringa"...
Vale conhecer.
Karina Buhr é o nome da moça...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Impressões do velho mundo

A saudade de casa, faz-nos valorizar o que temos.
Por isso, sair um pouco dela, considero essencial.
E a vontade de sair, torna-se vontade de ficar.
E a vontade de ficar, torna-se vontade de sair.

O bom mesmo é poder ter estas duas opções e saber aproveitá-las para o seu próprio bem viver.

E é isso...
Agora, já sinto os sintomas da saudade...Hora de voltar e esperar, novamente, a vontade de sair.
São os círculos da vida...


terça-feira, 19 de outubro de 2010


"Só queria mais um momento

Um dengo um não sei que lá

Que pena que você nasceu sem tempo

Com hora marcada, sem poder chegar..."

(Martinália,
Arthur Maia,
Ronaldo Barcelos)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010


"Aqui há paz,

Aqui há paz e alegria."

(Otto)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Queria que tivesse um dia em que não fosse permitido ficar em silêncio.
Um decreto.
Necessariamente, as pessoas teriam que falar.
Ando odiando o silêncio. Sempre convivi bem com ele. Mas, ultimamente...aff!
Tá difícil aceitá-lo, ainda mais quando se está na ânsia por falar.
O silêncio pode ser bom e necessário e, por vezes, essencial.
O silêncio pode significar indiferença...
Enfim, o silêncio autoriza você a pensar o que quiser... E isso pode ser bom, mas na mesma proporção, pode ser muito ruim.


O silêncio imposto sufoca a alma...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Eu sou egoísta, impaciente e um pouco insegura.
Cometi alguns erros, estou fora de controle e, às vezes difícil de lidar.
Mas se você não pode lidar comigo nos meus piores momentos, com certeza não me merece o melhor de mim.

(Marilyn Monroe)

PS: li isso no blog da Andréia Bere.
Adoto, por adorar a Marilyn e pelo conteúdo...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Loulou, ontem pela manhã:
- Amiga! Perdi meu celular!
- Só isso! respondi. Menos mal! (e rimos juntas, com ar malicioso!!)
Loulou respondeu:
- É, até agora, só dei falta dele.
Indignada, minha amiga perdeu seu meio mais eficaz de comunicação.
Quem dera perder a cabeça e não o celular...

Não é isso, Loulou!
A-DEUS

Nobre da literatura


Mário Vargas Llosa, com seus pantelões, visitadoras, meninas más, foi contemplado, merecidamente, com o Prêmio Nobel de Literatura de 2010.
Adorei a escolha, não só por ter aprendido a gostar do autor e sua peculiar escrita, como também pelas boas recordações que me trazem seus livros.
Além do que é sempre bom ver nossa América Latina, latente, no topo.
Gostinho especial.


"A literatura não é algo que nos faça felizes,
mas ajuda-nos a defendermo-nos da infelicidade."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


CORAGEM
Um dia, ele disse para ela:
-Minha linda, tem que ser bom!
Só esqueceu de dizer o que iria acontecer, se não fossem só coisas boas...
Em princípio, ela achou ótimo...afinal, só coisas boas, para que mais?
Eu sei: porque além das coisas boas, ela quis também as ruins...
É, ela quis mais. Ou melhor, ela quis tudo!
E ele, não!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa."

(Caio F.)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Tim Maia para todas as horas

Ah! Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito prá contar
Dizer que aprendi...
Não quero chá
Não quero café
Não quero coca-cola
Me liguei no chocolate
Só quero chocolate
Não adianta vir com guaraná
Prá mim é chocolate
Que eu quero beber...
Chocolate! Chocolate! Chocolate!

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor
A semana inteira
Fiquei esperando
Prá te ver sorrindo
Prá te ver cantando
Quando a gente ama
Não pensa em dinheiro
Só se quer amar
Se quer amar
Se quer amar

Pneu furou
Acenda o farol, acenda o farol
Se alguém ligou
Acenda o farol, acenda o farol
Se alguém ligou, minha senhora
Se alguém lhe amou, e foi-se embora...
Dia 28 de setembro, Tim Maia completaria 68 anos se ainda estivesse por aqui.
Maluco, doido de atar...como todos deveriamos ser vezenquando...
É isso aí...
Tim Maia para todas as horas...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010





Sabe, tens razão!

Tenho escrito, mesmo, muito pouco.

É que ando fazendo faxina...

Faxina sentimental.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"(...)

Acho incrível o medo da entrega.

Acho incrível o modo como reagimos para não nos encontrarmos.

Acho incrível a maneira como criamos confusões e aumentamos a distância entre nós.

Acho incrível como confundimos a nós mesmos e aos outros.

Quando desejamos e o outro está presente, é muito bonito. Mas, quando não é assim, a dor parece mais insuportável do que qualquer outro sofrimento. Por isso às vezes bloqueamos a tentação de sermos espontâneos e buscamos vidas seguras trancadas em nossa velha personalidade aconchegante e estrutruada.

Não que isso esteja errado, porque também não podemos viver em carne viva. Acontece que viver trancado em uma identidade se torna, mais cedo ou mais tarde, tedioso ou angustiante.

A intensidade atrai e dói: nós a buscamos, mas não podemos suportá-la, disse minha amiga Renata.

Que dilema.

Repito: não tenho respostas.

(...)"

(Amar de olhos abertos,
Jorge Bucay e Silvia Salinas)

Hoje acordei com uma mania

que tenho "vezenquando":

SER FELIZ!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Eu, Loulou e nossas verdades...

Meus encontros com Loulou são sempre instigantes.
E mais do que isso, produtivos.
Falo isso sem tempo verbal, aduzindo que esse tal tempo encontra a cumplicidade necessária - e que para nós duas, basta -, a-temporal.
Falávamos, em meio aquela sessão de autógrafos, das necessidades sexuais, amorosas e profissionais que nossa fase (da vida) impõe, do que esperamos de um parceiro, do trabalho, do sexo, dos filhos (eu não os tenho, mas opino, como boa virginiana). Enfim, das mazelas da vida e de como isso influencia no nosso pensar e agir.
Sempre na tentativa de nos entender (mais que aos outros, egoisticamente falando), buscamos respostas para as perguntas que ainda nem temos. E achamos que isso nos faz mulheres "à frente de seu tempo"... Bobagem...
Buscamos as respostas que achamos que a vida nos deve...
Mas a vida nos deve, Loulou?
Resposta unânime (e agora refiro uma característica importante e comum a nós duas): NÃO!
Nós nos devemos...
Não transponha para a vida - justificativa fácil e acolhedora - as repostas que estão dentro de você.
Pois muito bem, donas do dom da palavra, com discursos não só pertinentes como engraçados (achamos que somos hilárias perante as dificuldades da vida...e tudo vira, facilmente, uma piada...só para nós), encontramos as respostas...
Na prática, a teoria nem sempre se faz...
Então, minha cara amiga, a resposta é: continuemos a procurar as respostas.
Mas, no fim das contas, para quais perguntas mesmo???
rsrsrs...

Confesso-te, Loulou: temo a demora das respostas, por uma única razão, quanto mais tardam, mais distantes ficam as perguntas... e a distância é companhia do esquecimento.

domingo, 26 de setembro de 2010

"Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar."


sábado, 25 de setembro de 2010


"De qualquer forma,

poderia tê-lo amado muito.

E amar muito,

quando é permitido,

deveria modificar uma vida."


(C.F.Abreu)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


"ela quis

queria me matar

quererá ainda, querida?"



(A.C.Cesar)

Como uma apreciadora das artes nordestinas (sem nenhum critério técnico, é lógico), refiro Tunga.
Artista plástico pernambucano (fez a capa do último disco do Otto).
Composto de bom gosto, não sei explicar em palavras, somente em sensações...
Estas obras estão entre tantas existentes nas galerias de Inhotim.
Sem palavras, somente a visão e o que você recebe através dela quando se depara com essas instalações...
Indescritível...

terça-feira, 21 de setembro de 2010


Tenho saudades, por vezes, de voltar a ter sapatos maiores que os meus pés...
Só para ter a sensação de que há muito tempo pela frente...digo, tempo infinito (quando eu era criança planejava minha vida até o ano 2000, achando, ingenuamente, que não chegaria tão cedo).
Saudade deste tempo,
em que o pé era pequeno e o tempo, algo com o que não se preocupar.
É, acho que ando preocupada com o tempo.
Só não sei se com o tempo que passou ou com o que está chegando...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O poder da dama da noite


Hoje vou sair para sentir aquele cheiro de dama da noite...

Aquele, lembra?

Que fica exalando das árvores pequeninas e tão cheirosas. naquela charmosa ruazinha.

Aroma doce e instigante...

Quem sabe, em meio aos cheiros,

encontro você...

sábado, 18 de setembro de 2010


"Você sempre surge em minha mente
Sempre você e ninguém mais
É de você que eu me lembro
Sempre você e ninguém mais
E ninguém mais,
e ninguém mais
Eu sempre tento e não consigo
Então as vezes quando a noite chega
Eu fico só comigo mesmo
E só me resta a saudade como companhia
Como companhia

Eu não consigo ser alegre
O tempo inteiro
Eu não consigo ser alegre
O tempo inteiro
Eu não consigo"

(WW)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Dentro do mínimo - daquilo que posso -, deixo-te, ainda, alguma opção.
Somente preste atenção no tempo, ele pode ser um facilitador, mas também pode ser fatal!


Sinto saudade daquela noite
Sinto saudade daquele cheiro...

da dama...

da noite...

Reconstituição


"Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo...
tive saudade e tentei me lembrar que gosto faltava,
qual era a bebida...
Fui procurando entre copos e móveis
e dei com sua boca.

A saudade era dela
A bebida era o beijo."

(Elisa Lucinda)
Hoje acordei, como se diz na minha terra, com um sorriso
"do beiço às orelha"
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

quinta-feira, 16 de setembro de 2010


"A culpa não é sua, nem minha.
Mas serei eu a que irá arder nas chamas, porque bruxos não existem."
Fermanda Young



"Chega um ponto que a gente cansa, que não quer mais saber de aventuras ou de procuras, entende?"


C.F.Abreu