segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Eu, Loulou e nossas verdades...

Meus encontros com Loulou são sempre instigantes.
E mais do que isso, produtivos.
Falo isso sem tempo verbal, aduzindo que esse tal tempo encontra a cumplicidade necessária - e que para nós duas, basta -, a-temporal.
Falávamos, em meio aquela sessão de autógrafos, das necessidades sexuais, amorosas e profissionais que nossa fase (da vida) impõe, do que esperamos de um parceiro, do trabalho, do sexo, dos filhos (eu não os tenho, mas opino, como boa virginiana). Enfim, das mazelas da vida e de como isso influencia no nosso pensar e agir.
Sempre na tentativa de nos entender (mais que aos outros, egoisticamente falando), buscamos respostas para as perguntas que ainda nem temos. E achamos que isso nos faz mulheres "à frente de seu tempo"... Bobagem...
Buscamos as respostas que achamos que a vida nos deve...
Mas a vida nos deve, Loulou?
Resposta unânime (e agora refiro uma característica importante e comum a nós duas): NÃO!
Nós nos devemos...
Não transponha para a vida - justificativa fácil e acolhedora - as repostas que estão dentro de você.
Pois muito bem, donas do dom da palavra, com discursos não só pertinentes como engraçados (achamos que somos hilárias perante as dificuldades da vida...e tudo vira, facilmente, uma piada...só para nós), encontramos as respostas...
Na prática, a teoria nem sempre se faz...
Então, minha cara amiga, a resposta é: continuemos a procurar as respostas.
Mas, no fim das contas, para quais perguntas mesmo???
rsrsrs...

Confesso-te, Loulou: temo a demora das respostas, por uma única razão, quanto mais tardam, mais distantes ficam as perguntas... e a distância é companhia do esquecimento.

Um comentário:

  1. O esquecimento nem sempre é ruim. Pode representar o fim e, afinal, lembra que buscamos o fim? Ou pôr um fim, ao menos! Vamos tropeçar em respostas, atropelar soluções, ir, voltar e "cagar". Ponto. Feito isso, sabemos, não tem volta, não tem jeito. Xá prá lá...Sigamos juntas. Nossa sintonia resistiu a ausência de encontros, que alento...ignoramos o esquecimento.

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