sexta-feira, 30 de julho de 2010

Excesso vicioso

“Infelizmente, como todo excesso é vicioso”, disse Machado de Assis.
Toda loucura seduz, eu digo (não que alguém já não tenha dito, não sei, sinceramente).
A culpa não é da rotina e do acessório, monotonia. É da loucura, do devaneio, do tão ovacionado frenesi, que nos faz sentir. Já ouvi - e gostei - que a rotina é o oposto da paixão. A responsável pelo fim da paixão, a vilã!
Tem mais. A paixão é irmã da loucura.
Eu detesto a infindável discussão do tempo que dura a paixão, do momento em que ela se transforma em amor, se é que isso ocorre, e por ai vai. Aí como se discute isso! Que saco! É em conversa de bar, em congresso científico de medicina, de psicologia, em consultório terapêutico, banco de ônibus etc.
A minha paixão dura. A tua não. A minha é recíproca. A tua não. A tua, quiçá amor. A minha não. O ponto não é esse, e ponto.
Viu? Ela (a paixão) é irmã da loucura sim. As duas são filhas da mesma mãe, não me pergunta o nome desta porque não sei (nem quero saber, vai ser mais uma para atormentar).
As duas são sedutoras, as duas são o consolo, o alento à rotina. Ou nos tiram dela de forma avassaladora ou nos mantém nela, de forma, não menos, avassaladora. Ambas são vulcânicas, complicadas, enredadas, boas e ruins.
Essa constante, simultânea e permanente bipolaridade de sentimento, ou melhor, de sensação, é que seduz e vicia. Segunda, a loucura, terça, a rotina, quarta a paixão, quinta a monotonia. É gostoso esse peek-a-boo.
Acho que a loucura é a irmã mais velha, não conheço ninguém que diga, ou mostre estar apaixonado sem ser tido por louco. Logo, se a paixão remete à loucura, se olho pra ela e lembro da outra, é porque a loucura é a irmã mais velha. A irmã mais velha seduz, a menor gosta disso e segue o exemplo. E disso eu entendo sorry.
Tem mesmo que seduzir. Eu defendo, incondicionalmente, a diversidade de sentimentos, de estado de espírito. Dou a cada um deles o direito e o dever ser bom e ruim, de ser raro ou não, de ser perceptível ou não, comedido ou não.
A loucura, quando sentida e vivida (nunca compreendida, esse é seu charme) seduz. Seduz porque instiga a um caminho apaixonante, não sei quando desviar, pegar atalho, parar pra descansar, sair e voltar, desse e para esse caminho. Sei, com certeza que ele vai estar ali, vou transitar nele o quanto e quando quiser, aliás, mesmo sem querer...fui seduzida, felizmente."
Concordo e confirmo...
Salve a loucura...aquela que seduz!!
Sábias palavras, Loulou.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Preserve...


Preserve tudo aquilo que for bom e útil à humanidade.
Preserve os rios.
Preserve o mar.
Preserve a natureza e tudo o que dela advém...
Preserve os animais.
Preserve as plantas.
Preserve a vida.
Preserve a sua vida.
Preserve o amor.
Preserve seu coração.
Preserve sempre e muito!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

"E o amor sempre nessa toada:
briga perdoa perdoa briga.
Não se deve xingar a vida,
a gente vive,
depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
para perdoar,
amor cachorro bandido trem.

Mas, se não fosse ele, também
que graça que a vida tinha?

Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito."

(Drummond)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Efeito peito


Minha amiga Loulou era minha última esperança...
Ainda levantávamos, orgulhosas, aquela bandeira: "o peito de quem não tem peito".
Mas agora, amiga, sinto-me só nesta condição.
Isso não é um lamento, não se preocupe... além dessa peculiar condição, está outra, que é a de sentir-se bem, com peito ou sem peito...
Você, agora com peito, deve estar ainda mais desejável (com todo o respeito e a liberdade que nossa amizade permite) e sentindo-se muito bem.
Então, querida Loulou, viva a mudança, o bem estar...
e nossa resistente mania de ser exatamente como somos...
Com peito ou sem peito!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Para dizer o máximo

Prometer e não cumprir.
O sentimento que advém da promessa não cumprida é tão frustrante para quem promete quanto para o outro, para quem a promessa é feita.
Por isso, Xerife, libero-te da frustração, dizendo que, de fato, as coisas não estão acontecendo para nós e as promessas estão ficando no vazio...
Sinceramente... estou cansada.
Liberto-te, então, das promessas.

Apago a vela, desfaço o cenário, desligo o som e acendo as luzes...




domingo, 25 de julho de 2010


Cansei deste tempo...

sábado, 24 de julho de 2010



"A manifestação do desejo sexual impede as pessoas de serem neuróticas, histéricas ou perversas."

(Hanif Kureishi)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Relações e suas faces

É curioso como as relações são mutantes, apresentando, ao longo do tempo, várias faces.
Aliás, em se tratando de relações e sentimentos, nunca pisamos em solo firme. São os sentimentos os responsáveis pela mutação das relações?
Vejamos um exemplo.
Jorge e Madalena, à primeira vista, enamoraram-se. O sentimento era de paixão, amor, desejo, admiração... todos aqueles bons adjetivos das sensações e que explodem quando encontramos o que parece ser o "par perfeito". Bem, movidos por todos esses sentimentos, eles namoraram e casaram. Viveram juntos por um bom período. O tempo foi passando e aqueles primeiros sentimentos, mudando. A paixão começou a enfraquecer, a admiração já não era mais tão inspiradora, mas o amor e o desejo mantinham acesa a vontade de estarem juntos. O tempo, como sói acontecer, seguiu passando até que em um momento aqueles sentimentos que sobraram foram dando lugar a outros, digamos, menos nobres. E estes, foram excluindo o amor, deixando solitário o desejo. Não resistiu! E Jorge e Madalena separaram suas vidas. Os sentimentos, depois disso, esvaziaram-se e, por um tempo, foram esquecidos.
Eis que o tempo segue andando e os dois, às vezes, encontrando-se. Do encontro ou reencontro, nasceram novos sentimentos, ou melhor, eram os mesmos primeiros sentimentos. Só que agora, com suas outras faces. A paixão, serenou; o desejo, amadureceu; o amor, na verdade, não havia acabado e a admiração, agora, acende a vontade de querer bem novamente.
Hoje, Jorge e Madalena, com a ajuda do tempo, descobriram que se amam sim, mas não daquela forma primeira. Conhecem, agora, a outra face da relação. E são grandes amigos (que se amam, se desejam e se admiram!)

Agora, depois de pensar na história destes dois, respondo minha própria pergunta: SIM. São os sentimentos os responsáveis pela mutação das relações. Acho que a nós, cabe entender o processo pelo qual passam eles. Aí, então, poderemos compreender as relações e suas diversas faces... e isso, concluo, facilitaria muito o exercício de viver.

domingo, 18 de julho de 2010

Reticências

...
"As reticências são minha pontuação favorita. Adoro aqueles três pontinhos que indicam algo por vir, algo que deixamos por completar, para que o leitor complete... Seja por que o não escrito é tão óbvio que se torna desnecessário escrevê-lo ou por que deixamos um espaço para a imaginação...
Nunca havia me apercebido que as reticências não poderiam ser mais do que os pontos finais dos reticentes..."


Li isso no blog da minha amiga Juli, autoria dela...

Gostei e adoto.

Seguidores

Nesta nova vida de blogueira, tem me chamado atenção as denominações que se tornam conceitos pela forma como são utilizadas, tal como seguidor. Curioso. Para esta simples palavrinha, denominações variadas. Seguidor: aquele que segue alguém ou algo.
Antigamente, as tropas seguiam a um líder. Para mim, a palavra seguidor sempre significou algo ligado diretamente a ideais de existir. O caminho, digamos. Segue-se alguém que se admira ou algo que se deseja para si.
Zeus tinha seguidores. Jesus Cristo tinha seguidores. Bin Laden, igual. Hoje blogs têm seguidores. Twitter também tem seguidores.
Penso: tenho que, a partir disso, redefinir esta palavra, sob pena de perder o alento e, daqui há pouco, achar que ter seguidores no blog transformou-me em líder ou pessoa muito admirada ou algo que se deseja...
Não, definitivamente, para ser hoje um seguidor (e aqui me refiro no sentido amplo da palavra ou seja, seguidor de "qualquer coisa"), basta agradar-se daquilo que admira ou deseja, sem o comprometimento que pesa - ou pesava - quando se dizia ser seguidor de algo ou alguma coisa. Além do que, é mais fácil seguir algo ou alguém hoje do que antes. É só sentar em frente a um computador e pronto... segue-se quem ou o que quiser.
Mas será por que admiramos quem seguimos, queremos o que seguimos?
Fica a pergunta e a necessidade de rever o conceito.

sábado, 17 de julho de 2010


A arte no corpo...
A arte do corpo...
O artista: Kim Joon

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O poder que a bunda tem

"A bunda que me refiro
É da mulher, com razão
Com o seu poder oculto
De magia e sedução
Que faz a visão direta
Deixando a mulher completa
De beleza e perfeição"


(Mestre Azulão)

quinta-feira, 15 de julho de 2010


No tengo medo es la verdad
Y lo que sucederá
Podría perderme en esta felicidad
Cuando estás comigo
La distancia y el silencio
Son solo un instante que ya terminó

Saudade quero ver pra crer
Saudade de te procurar
Na vida tudo pode acontecer
Partir e nunca mais voltar

Falta tempo...




"Não tenho tempo pra mais nada,
ser feliz me consome muito."
(Clarice Lispector)



Ah, minha amiga Elaine...
Você finge que vai sair com mamãe.
E eu? Finjo que acredito!

Desejo às avessas

"... No final aproximei-me, beijei-a e disse: não vejo a hora de ver você de roupa."

(Jamal Khan)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

E agora, depois do dia, leio a derradeira frase: "A pontualidade é a virtude dos entediados".
Boa noite!
Atrasada.
Sou atrasada... Começo o escrito por esta característica, minha e de muitas pessoas.
Ser atrasado dói. Parece que o atraso é um débito. Odeio pessoas pontuais. Na verdade, é um ódio revestido de admiração...ou, ao contrário. Tanto faz.
Mas o fato é que algumas pessoas tem esta característica (eu, por exemplo): ser atrasada. Uma correria atrás do relógio. Não lembro disso quando era criança. Hoje o tempo passa, literalmente, passa por mim. Se não corro...pronto! Lá estou eu, atrasada de novo.
Bem, depois de tanto lutar contra esta característica minha - e de tanta gente - resolvi encarar o problema de frente...e hoje, não dói tanto... Mas, permitam-me, sempre, por favor, cinco minutos de atraso!