terça-feira, 31 de agosto de 2010




"Não quero a faca e o queijo...
... eu quero a fome..."

Eu não tenho medo de amar muito.

Meu grande medo sempre foi o de não conseguir amar, o medo da anestesia afetiva.

A anestesia afetiva é o que me apavora.


(Andréa Beheregaray)

domingo, 29 de agosto de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010


Por que tanta insegurança?
Por que a necessidade de reafirmar o que já está afirmando e confirmado?
Perguntas irritantes, merecem respostas prontas e nenhum pouco hesitantes.
Satisfeito?


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Hoje acordei querendo morrer de saudade...
O coração batendo nas têmporas e até minha pressão, que é ótima, parecia estar nas alturas, pronta para explodir-me.
Rapidamente pensei: não posso morrer agora, mesmo que eu queira, tenho muitas coisas para fazer! E logo listei-as mentalmente:
1) preciso plantar uma árvore;
2) empenhar-me pela reciclagem do lixo que produzimos;
3) ler 4.537 livros;
4) ir a uma praia de nudismo;
5) conhecer Copenhagen. Ah! E Cuba;
6) ainda preciso ver um show dos Rolling Stones;
7) atravessar o Atlântico de navio;
8) ter filhos;
9) terminar meu curso de Alemão;
10) E, por fim, preciso ainda viver um grande amor!
11)...
É, não quero mais morrer, tampouco de saudade.
Tenho muita coisa para fazer!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010


"Preta

Leva teu xale azul

De seda branca e azul

Que vai chover"

(Lirinha)


A você, minha doce e amável amiga Preta, todo o meu carinho e admiração.
Teu sorriso negro encanta e conforta sempre meu branquinho coração...
Obrigada,
pela tua existência, pela tua paciência, pelo teu riso e pela tua alegria...
Oxalá permita que nossa amizade seja eterna!
Feliz aniversário!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Elétrica noite...




Ontem, reparando em uma cena entre aqueles dois, pensei: identificam-se por seus "curtos braços", que dão à visão o limite do que querem ver.
Esperta você, Loulou!

Admiro-te!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amor da minha vida

O amor da minha vida eu encontrei, tem nome, é de carne e osso, e me ama também. Agora falta encontrar alguém com quem possa me relacionar. É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele. Não basta que a gente se queira há muitos anos. Não basta nossos namoros longos, os rompimentos e a teimosia de desejar mais daquilo que não há de ser. Não presta que ele me visite pra acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito. Não importa que eu esqueça meu nome depois, nem que me perca num oco, ou que os sentimentos corram de ambos os lados, intensos e desarvorados. Não basta que haja amor para se viver um amor. Eu e ele somos as cruzadas da idade média, o Osama e o Tio Sam, o preto e o branco da apartheid, o falcão e o lobo, o Feitiço de Áquila. Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca. Tenho fascínio pelo plutão que ele habita, e ele vive intrigado por minha vênus, mas quando eu falo vem, ele entende vai. Enquanto ele avista o mar eu olho pra montanha. Quando um se sente em paz o outro quer a guerra. É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho enquanto ele explica que eu também não entendi nada. Discordamos sobre o tempo, o tamanho das ondas, a cor da cadeira. O desacerto é de lascar, e não há cama que resista a tantas reconciliações - um dia a cama cai.

Esta semana fui ver a Ópera do Malandro em cartaz no Rio de Janeiro. Se o Chico Buarque nunca mais tivesse feito outra coisa na vida, ainda assim teria de ser imortalizado pelas alturas em que transita sua poesia nesta obra. Como ando as voltas com assuntos de amor, prestei atenção na cafetina Vitória que, do alto de sua experiência, ensinava: O amor jamais foi um sonho, o amor, eu bem sei, já provei, é um veneno medonho. É por isso que se há de entender que o amor não é ócio, e compreender que o amor não é um vício, o amor é sacrifício, o amor é sacerdócio.

Mais adiante Terezinha, a heroína quase ingênua, sofria:

Oh pedaço de mim, oh metade arrancada de mim, leva o vulto teu, que a saudade é o revés de um parto, a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu. Leva o que há de ti, que a saudade dói latejada, é assim como uma fisgada no membro que já perdi.

Naquela noite, inspirada pelo Chico, voltei pra casa decidida - não quero mais o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho portanto, pedir a ele publicamente, que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí, que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô. Há de haver um homem bom, me esperando em alguma esquina desse mundo. Um homem que aprecie o meu carinho, goste do meu jeito, fale a minha língua, e queira cuidar de mim. As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando; existem defeitos que considero indispensáveis.

Meu amor tem de ter uns certos ciúmes, e reclamar quando eu precisar viajar pra longe. Pode se meter com minha roupa, com corte do cabelo, e achar que sou distraída e não sei dirigir. Quando ficar surpreso de eu ter chegado até aqui sem ele, afirmarei sem ironia, que foi mesmo por milagre. Este homem deve querer nosso lar impecável, com flores no jarro, e é imperativo que faça tromba quando não estiver assim. Ele irá me buscar no trabalho e levará direto pra casa, nada de madrugadas na rua! Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo, anda me dando um cansaço danado.

(Maitê Proença)

Compartilho com ela, não só pelo momento, mas pela Ópera que é linda, como todas as coisas que Chico faz e as noções de vida em poesia...

Cada vez que grito para que você se vá...
Peço a Deus que não me escute...

sábado, 21 de agosto de 2010

palavras de mãe

- Chora minha filha, as lágrimas pesam no corpo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

'A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu. (...) Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma'.
Alice no País das Maravilhas

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

como sempre...

Você vai me seguir aonde quer que eu vá
Você vai me servir, você vai se curvar
Você vai resistir, mas vai se acostumar
Você vai me agredir, você vai me adorar
Você vai me sorrir, você vai se enfeitar
E vem me seduzir
Me possuir, me infernizar
Você vai me trair, você vem me beijar
Você vai me cegar e eu vou consentir
Você vai conseguir enfim me apunhalar
Você vai me velar, chorar, vai me cobrir e me ninar

... fico pasma!
Chico sempre tem algo a me dizer.






O silêncio é a resposta de quem não tem nada para dizer.
"Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar..."

(Alphonsus de Guimaraens)

terça-feira, 17 de agosto de 2010


A mente sugou as forças do coração e, como louca, não sossega...

e pensa...

(re)pensa...



















Sabe aqueles dias que começam maravilhosamente bem? Eis que hoje foi um deles. Começou lindo e tinha tudo para terminar como o sol do dia todo, radiante e animador...
Mas, como nem tudo são flores (e ultimamente não são mesmo!), os momentos animadores foram minguando... e meu dia, "enfeiando".
O coração, que começou o dia batendo nas têmporas, terminou lento e pequeninho...






Será que o sol já havia acordado ou ele também só despertou depois que o telefone tocou?

domingo, 15 de agosto de 2010

A lua

(Tarsila do Amaral)

Amigas...

Agradeço às minhas amigas pelo simples fato de existirem...
por estarem sempre juntas...
por amarem-se mutuamente e gratuitamente...
Obrigada a vocês!!!
Amigas, irmãs, mães, amantes, leoas da vida...guerreiras independentes na luta por um mundo mais amoroso e divertido...
YEAH!!!!!!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Saudade de tu


"Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que eu nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas"
(ZD)

Fé silenciosa

Sim!
Você sabe de mim
Quando eu não tô afim
Quando eu só quero brincar
Não! Sim!
Mesmo que eu diga não
Você não me desdiz
Mas me chama atenção...
Vamos lavar
Toda a roupa suja
E mergulhar de cabeça
Nos armários da ilusão
Riscos vem à tona
E eu pareço um otário
Como você que é uma pedra
Em meu caminho...
Minha pedra preciosa
Minha preciosidade
Minha preciosa idade
Minha presa
Minha fé silenciosa
Meu atalho, meu destino
Minha pretinhosidade
Minha festa!...
Eh!Minha seta!
Minha flecha!

(musicada é bem melhor...Martinália)



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Amor é prosa, sexo é poesia

" ...
O perigo do sexo é que você pode se apaixonar.
O perigo do amor é virar amizade.
Com camisinha, há sexo seguro, mas não há camisinha para o amor.
O amor sonha com a pureza.
Sexo precisa do pecado.
Amor é o sonho dos solteiros.
Sexo, o sonho dos casados.
..."

(Arnaldo Jabor)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Coletivo mundo

Paraíba...
João Pessoa...
Centro histórico...
De conhecimento imperdível.
Na casinha roxa, bem da esquina, há pessoas que fazem a diferença. Povo contemporâneo.
Neh isso?
Bons dias... bom alento.
Identidade reconhecida.
Boa sensação!

Viajar é mudar de estação o rádio da vida

É incrível como um ato de violência deixa-nos impotente (em todos os sentidos). Ainda mais quando a violência é voluntária e inesperada.
Me refiro à violência que já nos é habitual.
A violência urbana, que assola o País (ainda escrevo em letra maiúscula por acreditar nele) em todos os seus cantos e recantos.
É a desigualdade social mostrando sua face.
Uns com tanto, outros com tão pouco.
Agora, faço parte da estatística desta desigualdade social.
Me "igualo" aos desiguais, às avessas...
É a realidade, minha filha! Nada mais do que isso!
E o que resta, além da irremediável resignação, é a sensação de abandono do que realmente somos. O conceito está perdido num tempo que passa rápido, em que a violência não é nada mais do que a realidade crua e com a qual devemos nos acostumar.
Não me acostumo!
Quero paz...um mundo igual...para todos (esperançosa a moça!).
Mas é isso que quero. É isso que espero...
Paratodos (como já disse Chico)!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


"A presença de um pensamento é como a presença de quem se ama. Achamos que nunca esqueceremos esse pensamento e que nunca seremos indiferentes à nossa amada. Só que longe dos olhos, longe do coração! O mais belo pensamento corre o perigo de ser irremediavelmente esquecido quando não é escrito, assim como a amada pode nos abandonar se não nos casamos com ela."
(Arthur Schopenhauer)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O frio encolhe a mente.
Adormecem as idéias quando está frio.
Postergam-se os planos...
tudo parado...
Aguardemos o calor!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

conclusão...

Preciso ver o mar!

Estou com saudade do nosso jeito, só nosso, tão nosso.
Parece que quando tentamos agir diferentemente do que fomos ou somos, dá nisso!
Ainda assim, parece que insistimos em ser quem não somos.
Driblando os sentimentos, enganando as percepções...
Não estou gostando do que estamos nos transformando...
Sinto saudade daquela simplicidade...

Não me deixe esquecer vc.

domingo, 1 de agosto de 2010


Alguém pode me tirar daqui?
Esse frio combina muito com a vontade de querer o calor.
Eu, por exemplo, quanto mais frio sinto, mais quero sentir calor... proporcional...
E calor, penso agora, na ãnsia de sentí-lo, combina com desejo...
(talvez se eu tivesse um amor e se esse amor estivesse perto!)
... Aquele desejo, dos corpos juntos...






...A redenção do sol
no brique da vida...

Trégua...

A trégua da chuva traz de volta o ânimo para registrar algo.
O que ontem foi tão triste, com a chuva e todos os sentimentos que ela desperta em mim... Hoje mostra-se um alento: o sol!!!
Ah, como é bom sentir o sol.
Sou daquelas pessoas que decretaria feriado em dias de chuva. Nada acontece em dias de chuva - o gás não acaba, as contas não vencem, uma programação especial na TV, geladeira cheia -. Aliás, penso, agora, que os dias de chuva poderiam ser dias de reflexão. Tarefa árdua. Não precisa sair de casa, nem enfrentar o tempo ruim lá fora. Simplesmente, refletir. Afinal, chove menos do que faz sol, sinal de que não teríamos tantos dias de reflexão assim. Isso também é bom. Refletir, por vezes, pode doer um pouco. A reflexão de nossas ações e omissões. Enfim, sentimentos complicados de tratar e de entender (às vezes deixados de lado, justamente pela dificuldade de compreensão... naquele famoso "vamos indo").
Mas dias de sol. Ahhhh ... o sol... esse não, com seu calor quase humano, espalha sensações boas e, com elas, tudo o que esquenta (no meu ponto de vista, no inverno, bom mesmo é aquilo que esquenta).
Hoje não só acordo feliz por ver o sol, como também feliz pela reflexão imposta por mim para os dias de chuva e o mais importante, realizada a contento.
Vou, então, esquentar-me ao calor do sol, como forma de recompensa pelo dia de chuva, enfrentado com tanta coragem.
Parabéns, mocinha, refletistes (e resististes) ontem. Hoje, ganhas um dia de sol!
Mereces!