quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

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E tamanha foi sua surpresa ao vê-la, em meio aqueles tantos retratos expostos, que os olhos dele tremeram e foi possível perceber seu coração batendo nas têmporas.

A sempre invisível presença dela, naquele momento, tornou-se tão visível que tudo o que cercava aquela circunstância inusitada pareceu sumir.

E no ambiente restou somente os dois e os retratos pendurados por todos os lados...

Entre um olhar e outro, por entre às imagens que preenchiam o lugar, eles não trocaram uma só palavra, mas estabeleceram naquele canal estreito de comunicação um sublime diálogo regido pelos olhos e seus olhares.

Olhares, estes, que dispensavam palavras.

A partir daí, a surpresa tranformou-se em hábito. E com a zona de conforto estabelecida - ou reestabelecida -, as luzes que pareciam ter-se apagado, reacenderam. Estava tudo claro... e o diágolo silencioso continuava.

Os pensamentos foram fáceis.

O que passava com dele, ela já sabia, porque o acompanhara desde a sua chegada ... lera seus movimentos. E aquele sorriso maroto que faz pender a boca para o lado direito da face quando está feliz, misturou-se ao tremor dos olhos e ao coração pulsando forte. A invisível presença da moça, tornou-se surpreendentemente visível.

Ele gostou...

Ela também...

E suas vontades foram longe ...

E no ambiente silencioso dos olhos, deliciaram-se com suas adoráveis presenças...visíveis... bem visíveis!

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