sábado, 23 de julho de 2016

VOLTEI

Meu processo de escrita e da necessidade dela iniciou-se com a vontade de externar um pouco daquilo que eu sentia ou inventava na forma de letras. Contudo, depois de algum tempo brincando com as sensações (e porque não, sentimentos), com minhas observações e disponibilizando meus devaneios no mundo virtual, ingressei em processo introspectivo, interno e escondido.

Sempre jogando palavras ao ar virtual, ligando-as com imagens as quais eu achava interessantes captadas no multiverso da internet, eis que me deparo, em determinado momento, com auto-críticas avassaladoras e desmotivadoras. 
Então parei. 
Estanquei. 
Agora, passado algum tempo (três anos e quatorze dias, especificamente), na inquietude de meu silêncio que não vingou, retomo a escrita.

E recomeço relendo o que foi escrito e em tantas palavras que a caneta praticamente deu vida, contudo não passaram do papel, da caneta e de meu sentimento e de como ele agia em mim.
Se afirmar que nada eu reescreveria, estaria mentindo. Reescreveria, repensaria, repetiria muitas coisas, mas outras, faria de forma diferente...
Digamos que se esse exercício fosse realizado com afinco eu poderia chama-lo de "remake pessoal"!

Bom mesmo seria se várias vidas me fossem permitidas. Tantas quanto bastassem para a completude dos tantos "eus" que cabem em mim. O que nao é privilegio somente meu, certamente.

Reafirmo a vida e gosto do passado escrito, que releio incansavelmente, talvez por meses ate tomar a decisão de voltar aqui. Assim, depois de mais de três anos afastada deste meu lugar, muitos escritos ficariam como estão, porque me retrataram, outros, porque continuam latentes.

Volto no tempo e penso: Graças que parei, que mudei, que reinventei, que observo o que foi dito, como foi dito e porque foi dito. Critico o que já disse e o que já pensei um dia. Penso as mesmas coisas, experimentos os mesmos sentimentos, mas também experimento outros, os pensamentos vem e vão... alguns foram, outros voltam, outros se inovam a cada dia..

Recomeço, em suma, como comecei o blog, de coração aberto e, aqui, exposta a toda critica, paciência e benevolência próprias do ser humano.

Agradeço aos meus queridos da Oficina Boca de Leão que, mesmo sem saber, encorajaram-me e despertaram, novamente, meu desejo de escrever. 

Então, avante! E como toda a casa que merece mudanças, aos poucos o blog ficará de cara nova, mas com a mesma cara, se é que posso me fazer entender! 


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